A Super-Pílula – Dr. Magazine

Magazine (PDF)

Título: A Super-Pílula
Autor: Márcia Rodrigues
Editora: Dr. Magazine
Ano: 2015
Nº de Páginas: 048
Tipo: Revista Digital
Formato: .pdf
Licença: Gratuito



Descrição

A cada edição da revista, buscamos por assuntos que ajudem na vida de nossos leitores. Ou que os faça refletir sobre os temas que estão acontecendo ao seu redor.

Na matéria de capa deste mês, por exemplo, fizemos um detalhado levantamento sobre as novas descobertas da Trissomia do cromossomo 21 – a origem da síndrome de Down -, uma condição genética muito comum entre os humanos, causada pela cópia de um cromossomo extra que resulta em problemas na forma como o corpo e o cérebro se desenvolve. Essa é uma realidade a cada 600 a 800 nascimentos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No mundo, a cada minuto nascem 18 bebês com algum problema de formação, 91% deles com síndrome de Down.

No início do século XX, a expectativa de vida era bem pequena para essa parcela da população, apenas 15 anos. Mas graças a uma série de avanços na medicina envolvendo estudos com ratos geneticamente modificados (chamados Ts65Dn, com três cópias de vários dos genes do cromossomo humano 21, como as pessoas com síndrome de Down), mapeamento do genoma e pesquisas com células-tronco, a expectativa de vida aumentou para 70 anos. A possibilidade de que fármacos melhorem as habilidades cognitivas e aumentem a capacidade intelectual em pessoas com Down já está acontecendo, e teve sua fase inicial de testes em 38 pacientes, com resultados positivos.

O estudo que está sendo dirigido pelo médico e neurocientista brasileiro Alberto Costa, da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland (Ohio), nos Estados Unidos, faz uso da memantina, uma droga que atua sobre o hipocampo (região cerebral ligada à memória). Se aprovado para o tratamento de síndrome de Down, o medicamento poderá ser usado diariamente – e por toda a vida -, como acontece com outros tipos de intervenção farmacológica que tratam, por exemplo, a diabetes e a hipertensão. A capacidade cognitiva de pessoas com Down pode, segundo Costa, melhorar com a ajuda dessa medicação. “Nosso estudo é um sinal importante e de esperança de que certas drogas podem aumentar a capacidade intelectual dessas pessoas.

Agora, parece que podemos ser capazes disso” – (leia na página 16). Os resultados podem ter ainda implicações de longo alcance, como a possibilidade da memantina afastar o aparecimento da doença de Alzheimer em pessoas com Down. A descoberta representa um avanço considerável em termos de terapias no tratamento desse tipo de ocorrência genética.

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